O que é CTP Computer to Plate?

As primeiras experiências em sistemas computer-to-plate foram feitas pela RCA em 1968. Em1974, nos jornais Gannett, matrizes tipográficas foram gravadas usando laser de alta potência. A idéia de um sistema de gravação direta de chapas offset surgiu logo após o desenvolvimento dos primeiros equipamentos de gravação de fotolitos em, meados dos anos 80.
Em 1994, surgiu a primeira platesseter de uso prático, desenvolvida pela Creo para a RR Donelley (Creo Platesetter 3244).
Na Drupa de 1995, um grande número de fabricantes apresentou sistemas CTP, alguns introduzindo a nova tecnologia térmica (laser infravermelho) de gravação. Na Ipex de 1998, havia cerca de 40 fabricantes de sistemas CTP e a Drupa 2000 simbolizou a maturidade da tecnologia, com um número menor de fabricantes de equipamentos e uma maior disponibilidade de chapas.
Diante dessa evolução, o grande desafio, hoje, não é mais a validade ou não do CTP e sim qual das tecnologias disponíveis é a mais adequada.
CTP, sigla de Computer to Plate (computador para chapa), é uma processo de gravação digital no qual a imagem a ser impressa nas impressoras offsets (impressoras de rolo de alta tiragem), é gravada em uma matriz (chapa de alumínio de vários formatos), que é dividida em 4 cores (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto), sendo assim um jogo de 4 chapas para cada trabalho colorido e 1 chapa somente para um preto e branco por exemplo.
Este processo também garante o aumento da qualidade final da imagem gravada. Isso deixa a imagem perfeita, pois no CTP existe uma maior gravação de pontos por cm² (resolução) aumentando a definição dos elementos gráficos.
O processo tecnológico CTP elimina o Fotolito (CTF ou computer to film) e dá ganho operacional (tempo e qualidade), além de economia.
Os CTPs possuem 3 etapas: separação de cores, pulverização/exposição da matriz e revelação. Enquanto o processo tradicional apresenta 8 etapas: separação de cores, produção do filme, revelação, produção do filme total, montagem do filme na matriz, exposição, arquivamento do filme e revelação.
Dentro da área de CTP se destacam 3 tipos de tecnologia disponíveis no mercado, que são elas, a Convencional UV, a Térmica e a de Flexografia.

CTP, CRON

Exemplo CTP Térmico CRON com carregamento automático e processadora online.

Várias tecnologias estão disponíveis, podendo ser divididas em:

•Laser térmico ou visível, em diversos comprimentos de onda.

•Chapas térmicas com ou sem pré-forno, com variados sistemas de processamento ou sem processamento.

•Chapas sem processamento ablativas e não-ablativas.

•Chapas de laser visível com base de prata ou de fotopolímero.

•Sistemas com feixes de laser ou lâmpadas UV e micro-espelhos.

•Platesseters de arquitetura plana, com cilindro externo ou com cilindro interno.

•Sistemas de alimentação manual, semi-automática ou automática.

Encontrar o tipo mais adequado de chapa é o primeiro passo na implantação do CTP. As chapas de haletos de prata, para uso com laser visível, em todos os comprimentos de onda disponíveis, têm um processamento parecido com as chapas convencionais. As chapas de foto-polímeros, gravadas com laser visível verde ou vermelho, em sistemas de gravação ultra-rápida, são mais empregadas na produção de jornais, devido à rapidez de gravação, mas que hoje em dia migraram para as tecnologias térmica e convencional por conta de custo operacional e qualidade. As chapas térmicas, gravadas com laser infravermelho (830 ou 1024 nm) e que apresentam diversas alternativas de processamento,evoluíram bastante, assim como a convencional UV. Temos, ainda, as chapas convencionais UV, para uso em sistemas baseados em laser (diodos) ou lâmpadas UV e micro-espelhos ou laser, para as quais ainda há muitas opções de equipamentos, com um custo/benefício bem interessante.

 

Chapas de haletos de prata

Existiram diferentes modelos de chapas de haletos de prata para uso com laser vermelho (650-670 nm), verde (532 nm), azul (488 nm) e violeta (400-410 nm). Elas permitem manuseio e carregamento automático ou semi-automático, exceto no caso das chapas violeta, que podem ser ficar sob luz amarela. A alta sensibilidade permitia gravação rápida das chapas, mesmo com uso de lasers de baixa potência. O processamento é direto (sem uso de forno), mas exigia o uso de processos químicos relativamente complexos. Houve a opção de chapas de base em poliéster, para uso em platesseters híbridas. Trata-se de uma tecnologia mais amadurecida e testada há anos, que possibilita alta qualidade de impressão, porém contando com um número reduzido de fornecedores de chapa e hoje em dia se vê muito pouco se falar dessa tecnologia.

 

Chapas de fotopolímeros

Nesse caso, a opção de laser para gravação é limitada ao vermelho (650-670 nm) e verde (532 nm), sendo que está em lançamento a versão para laser violeta (400-410 nm). O manuseio e carregamento dessas chapas podem ser automático ou semi-automático, sendo que a alta sensibilidade permite gravação ultra-rápida com lasers de baixa potência. O processamento é simples, com opção de forno, permitindo altas tiragens mesmo sem uso do forno. A qualidade de impressão é limitada, principalmente na reprodução de pontos de mínimas e máximas, tratando-se uma tecnologia amadurecida, largamente adotada na impressão de jornais no mundo inteiro, com um número razoável de fornecedores de chapa, porém cada vez menos utilizada por conta de seu custo.

 

Chapas térmicas

As chapas térmicas contam com duas opções de laser infravermelho: 830 nm (mais comum) e 1024-1064 nm (menos usual). O manuseio e carregamento podem ser automático, semi-automático ou manual. Para obter alta velocidade de gravação, a chapa térmica exige lasers de alta potência e/ou múltiplos feixes em gravação simultânea. Elas possibilitam alta qualidade de impressão e bom controle do ganho de ponto, sendo uma tecnologia em rápida evolução, com adoção crescente pelo mercado e significativa redução de preços nos últimos anos. Há um grande número de fornecedores de chapa térmicas e existem diversas alternativas de processamento e até mesmo a opção de chapas totalmente sem processamento. Tecnologia largamente utilizado nos dias atuais

 

Alternativas em chapas térmicas

As chapas térmicas podem ou não necessitar de sistema de pré-forno no processamento. Alguns tipos de chapa podem ser gravadas alternativamente em prensas de contato convencionais, com lâmpadas ultravioleta. Há dois tipos de chapa sem processamento: ablativas e não ablativas. As não-ablativas têm tiragem limitada, enquanto as ablativas requerem a presença de um sistema de sucção e filtragem dos resíduos, instalado na platesetter. Existe a opção de chapas para sistema de offset waterless, sem uso de solução de molha, para impressos de altíssima qualidade e alguns modelos permitem o uso de pós-forno para aumentar a durabilidade em impressão, que pode passar de um milhão de giros.

ctp, termica, chapa

Exemplo de chapa térmica.

Chapas convencionais UV

As chapas convencionais UV são usadas em sistemas laser uv (diodo) iguais os sistemas térmicos e também em sistemas baseados em lâmpadas ultravioleta, com feixes direcionados por fibras ópticas e/ou micro-espelhos controlados digitalmente. O manuseio e carregamento podem ser automático, semi-automático ou manual, sob luz de segurança amarela ou as novas lampadas LED que não produzem radiação UV. A velocidade de gravação pode ser incrementada com uso de cabeçotes múltiplos ou no caso do laser com uma quantidade maior de diodos. A qualidade de impressão é tão eficiente quanto ao processo térmico, podendo ter resoluções até 9600 dpi, sendo uma tecnologia que vem evoluindo constantemente. É uma chapa de fácil adaptação nos processos de impressão, com baixo custo e um grande número de fornecedores, tendo o melhor custo x benefício do mercado.

 

plate, ctp, ctcp

Exemplo de chapa convencional.

 

Vantagens

O CTP tem várias vantagens em relação à fabricação de chapas convencionais. No CTP, uma gravação (transferência de imagem do filme para a chapa de impressão) é removida do processo de impressão (eliminando a necessidade de filmes e produtos químicos), aumentando a nitidez e os detalhes. O CTP evita potenciais perdas de qualidade que podem ocorrer durante o processamento do filme, incluindo arranhões no filme e variações na exposição. As chapas são produzidas em menos tempo, são mais consistentes e a um custo menor. O CTP também pode melhorar o registro e a qualidade em geral relacionado a outros métodos de pré-impressão.
Os defeitos devidos a poeira, arranhões ou outros artefatos são minimizados.
Os sistemas CTP podem aumentar significativamente a produção de chapas. O CTP CRON modelo UVP-46128G+/H para produção de chapas convencionais pode produzir até 45 chapas por hora (no fromato 1030mm) e com resoluções que podem chegar até 9600 dpi.

Benefícios secundários

O CTP proporciona o aumento da qualidade dos impressos e facilidades no uso de sistemas de hi-fi color, bem como a agilização dos processos de trabalho e aumento da produtividade no setor de pré-impressão. Com o CTP tem-se a redução de pessoal, embora apenas em médio prazo, uma vez que num primeiro momento, o pessoal necessário provavelmente irá aumentar devido à duplicidade de sistemas. Maior flexibilidade no atendimento das necessidades do cliente, oferecendo menores prazos e bons preços em tiragens reduzidas é mais uma vantagem do computer-to-plate, sem contar a redução dos problemas ambientais devido à menor produção de dejetos químicos.

Referências sites:
primastampa
impressora.blog.br
en.wikipedia.org
prafotolito.com.br/
Imagens:
Google.com